Se você está acompanhando nosso blog, já percebeu que estamos publicando uma série de artigos para ajudá-lo a refletir sobre a nutrição para equinos. Hoje vamos falar um pouco sobre a ministração de alimentos concentrados e volumosos aos animais.
A utilização de alimentos volumosos como suplementos à pastagem durante os períodos de seca, já é uma prática comum. Ela acontece devido à questões financeiras, mas também por praticidade.
O melhoramento de alimentos volumosos grosseiros geralmente é feito através de tratamentos químicos (uréia, amônia líquida etc.), que melhoram a digestibilidade do alimento ou por tratamentos físicos como o uso de aditivos por meio de uma substância palatabilizante como o melaço. De qualquer forma, a finalidade é aumentar o consumo do alimento ou mesmo usar outras alternativas de alimento mais nobres como silagem de capim nobre.
Agora, o que são volumosos e o que são concentrados? Entenda:
Concentrados
Chamamos de concentrados aqueles alimentos que possuem menos que 18% de fibra bruta e teores protéicos, minerais e vitamínicos mais elevados do que em outros tipos de alimentação.
Eles são utilizados normalmente para equilibrar a dieta dos animais e incrementar o ganho de peso em estágio de terminação num período curto de tempo. E devem ser servidos juntamente com alimentos nutritivamente mais “pobres”.
Inúmeros especialistas recomendam que sejam feitas análises bromatológicas do pasto usado para a alimentação dos cavalos para que os alimentos concentrados sejam aproveitados de forma mais eficiente. A partir deste tipo de análise, é possível verificar, por exemplo, se há necessidade de incrementos.
É importante pontuar também que o uso excessivo de alimentos concentrados pode causar desequilíbrio nutricional, o que facilita o desenvolvimento de doenças metabólicas .
Volumosos
Já os volumosos são todos aqueles que possuem teor de fibra maior que 18% em sua matéria seca. Entre os exemplos destacamos: pastagem, silagem, fenos, casca de grãos e produtos como Forage Horse, da Nutratta, e outros.
No Brasil, a alimentação do gado é feita em grande parte pela ingestão do pasto, pois há abundância de pastagens em nosso território. Estima-se que 173 milhões de hectares são destinados para cultivo de pastagem no país. E a pastagem, como sabemos, é uma fonte economicamente viável para o produtor. No entanto é importante ressaltar que a dieta composta exclusivamente por pasto pode ser viável e minimiza o custo, mas não é a dieta que maximiza o lucro.
A pastagem pode variar muito seu valor nutritivo, sobretudo por conta da sazonalidade. Há períodos chuvosos que facilitam o desenvolvimento do pasto, mas há também períodos secos (inverno, sobretudo) que diminui o teor nutritivo da pastagem.
Para lidar com essa sazonalidade, tem-se a importância de ministrar alimentos volumosos em forma de ração para os animais. Complementando a dieta com volumosos além do feno.
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