
Empresas de genética já consideram a importância da fibra na nutrição de aves, em todas as fases de desenvolvimento. Resta ao nutricionista a difícil tarefa de incluir o teor de fibra recomendado pela genética, sem a interferência negativa das fibras solúveis.
Os Polissacarídeos não amiláceos (PNAs), ou simplesmente fibras, compreendem uma ampla classe de polissacarídeos como celulose, hemicelulose, lignina, gomas e pectinas sendo constituintes da parede celular das células de alimentos de origem vegetal. Contêm em sua maioria baixo valor nutricional e frações que variam quanto à solubilidade em água. Porém, têm grande influência positiva ou negativa na digestibilidade, dependendo da quantidade e da qualidade da fibra adicionada às dietas.
As fontes de fibra predominantemente disponíveis no mercado, como o farelo de trigo ou a casca de soja, por exemplo, contêm PNAs que não podem ser digeridos pelos monogástricos pela ausência de enzimas com esta capacidade. Isso ocorre principalmente porque estes alimentos têm alto teor de fibra solúvel, ou seja, alta capacidade de absorção de água formando substância gelatinosa de alta viscosidade no trato gastrointestinal, dificultando a ação das enzimas endógenas, diminuindo a digestibilidade de toda a dieta, além de reduzir a energia da ração. Prejudicando assim o desempenho produtivo dos monogástricos.
Por outro lado, estudos mostram que a fração insolúvel dos PNAs pode reter água, mas apresenta baixa viscosidade e por isso não têm os efeitos antinutricionais anteriormente mencionados, e ainda reduz a umidade das fezes/cama reduzindo a emissão de amônia no galpão.
O que fazer então?
As empresas de genética já consideram a fibra essencial para o desenvolvimento do potencial genético das aves e suínos com eficiência. É preciso então escolher com critérios a fonte de fibra e a quantidade a ser utilizada na nutrição de monogástricos, que trará benefícios na saúde do trato gastrointestinal e no desempenho dos animais.

As melhores características de uma fonte de fibra para inclusão em rações de monogástricos:
- Alta relação fibra insolúvel/solúvel – mínimo de 70%
- Baixos teores de lignina, pois é um composto tóxico para monogástricos que em grande quantidade reduz a digestibilidade de outros nutrientes.
- Baixos teores de Polissacarídeos não amiláceos (PNA), pois são responsáveis aumentar a viscosidade da digesta.
É aqui que entra a nova descoberta da ciência!
Graças à ciência, a fibra evoluiu e hoje já existe a fibra de 3ª geração. É uma fibra produzida de um mix extrusado de gramíneas, grãos e cereais, 100% natural, com alta concentração de celulose e hemicelulose e baixa concentração de lignina, relação fibra insolúvel/solúvel superior a 70%, além de fornecer também proteínas, energia e minerais.
Experimento recente na Universidade Federal de Lavras, conduzido por Bertechini et all. com frangos de corte e também com aves poedeiras, confirmou que a fonte de fibra deste mix de gramíneas, cereais e grãos, a SMART FIBER, que tem altos teores de PNAs insolúveis, não apresenta essas propriedades antinutricionais anteriormente citadas e além disso, promoveu significativo desenvolvimento do sistema digestório, como o aumento do tamanho do papo, do estômago, da moela, do intestino e das vilosidades intestinais, aumentou a digestibilidade de toda a dieta, aumentou a produção de ácidos graxos voláteis e xilooligossacarídeos, desencadeando uma série de benefícios em bem estar animal com resultados econômicos favoráveis.
Benefícios similares foram comprovados em testes realizados com matrizes de suínos, observando uma melhora significativa na saúde do trato gastrointestinal, aumentando a produtividade destas matrizes.